Desenho estilizado colorido. Em pé, um homem, veste camisa laranja, calça branca e sapatos pretos, usa óculos escuros. Na mão direita uma bengala branca com ponteira preta, na esquerda segura à coleira azul de um cão guia caramelo, que está sentado e olhando para seu dono.

Sobre Acessibilidade

Preocupada com a inclusão das Pessoas com Deficiência (PcD) moradores da cidade, a Prefeitura Municipal de Salvador está antenada nos debates das políticas públicas e atua em várias frentes, a fim de melhorar o acesso de todos.


O Estatuto da Pessoa com Deficiência, por meio da Lei n° 13.146/2015, que institui a Lei Brasileira de Inclusão, tem o objetivo de garantir e promover inclusão social e cidadania às pessoas com deficiência, em condições de igualdade, o que significa exercício dos direitos e das liberdades fundamentais.

E, para o sucesso desses esforços, a Prefeitura tem implementado políticas públicas para ampliar a acessibilidade de Salvador com ações e informações que contemplem intérpretes/tradutores da Língua Brasileira de Sinais – Libras e audiodescrição, recurso de acessibilidade comunicacional para informar as pessoas com deficiência visual em eventos acadêmicos, sociais ou religiosos, além do braile, daltonismo e albinos nos diversos espaços, dentre muitas outras iniciativas. Acompanhe.

O que é Acessibilidade

A acessibilidade é um tema importantíssimo no que se refere à implementação e garantia dos direitos das pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida. O conceito é descrito na legislação brasileira como a condição para utilização – com segurança e autonomia, total ou assistida – dos espaços, mobiliários e equipamentos urbanos, das edificações, dos serviços de transporte e dos dispositivos, sistemas e meios de comunicação e informação, por pessoa deficiente.


Desenho estilizado colorido de uma mulher sentada em uma cadeira de rodas. Ela tem cabelos pretos lisos na altura da cintura, usa blusa amarela de mangas compridas, saia laranja e tênis rosa. A mão direita acena para a foto, a esquerda segura a lateral da cadeira.
Assegurar igualdade de oportunidades ou de condições é o ponto-chave dessa política, cujo objetivo é permitir que pessoas com deficiência possam viver de maneira independente, digna, saudável e cidadã.


Ao todo, são considerados seis tipos de acessibilidade: atitudinal, arquitetônica, comunicacional, instrumental, metodológica e programática.

As violações aos direitos humanos das pessoas com deficiência têm se firmado como uma preocupação global. Em 2007, a ONU (Organização das Nações Unidas) assinou a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, propondo uma mudança de paradigma na visão sobre o tema, abandonando o modelo puramente médico – de que a deficiência seria um problema exclusivo de saúde – para o modelo social dos direitos humanos, o qual reconhece que as limitações funcionais de um indivíduo encontram barreiras no ambiente (físico, social e ético) que o circunda. A Convenção, ao adotar esse modelo, implica a acessibilidade tanto como princípio quanto como direito.

 

 

Histórico

A luta que colocou a política de acessibilidade na ordem do dia é antiga e cumulativa. A Declaração de Madri, de 2002, contribuiu decisivamente, ao afirmar a não discriminação e a ação afirmativa como processos imprescindíveis à inclusão social. Esse novo parâmetro conceitual reorientou políticas de todo o mundo, chamando a atenção para a necessidade de conscientizar o público para o direito das pessoas com deficiência.

Nesse sentido, as ações deixaram de dar ênfase à reabilitação dos indivíduos para se concentrar na mudança da mentalidade social, de modo que a sociedade pudesse respeitar, incluir e acomodar as necessidades de todos os seus grupos, inclusive das pessoas com deficiência. As pessoas com deficiência estão exigindo oportunidades iguais e acesso a todos os recursos da sociedade, ou seja, educação inclusiva, novas tecnologias, serviços sociais e de saúde, atividades esportivas e de lazer, bens e serviços ao consumidor.

Em termos de Brasil, a Constituição Brasileira de 1988 já previa os direitos sociais e individuais das pessoas com deficiência. A partir de tal princípio, surgiram várias leis e normas específicas, para garantir mais acessibilidade e inclusão.

Em 2015, o país aprovou a Lei de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência – Lei nº 13.146/2015), importante marco na implementação de políticas e garantias sociais. Também conhecida como LBI (Lei Brasileira de Inclusão), a legislação se inspira no protocolo da Convenção da ONU sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, realizada em 2006, em Nova Iorque (EUA).

O documento da ONU de 2006 buscava garantir direito pleno e igual às pessoas com deficiência, deixando um legado importante às legislações de acessibilidade de todo o mundo, inclusive a brasileira.

A LBI é uma das leis de acessibilidade mais amplas existentes atualmente e está dividida em três partes principais: 1) trata dos direitos fundamentais das pessoas com deficiência, incluindo educação, transporte e saúde; 2) garante o acesso à informação e a comunicação; e 3) prevê punição a quem descumpre esses pontos.

Tipos de Acessibilidade

Com a ampliação do debate acerca da inclusão das pessoas com deficiência, o conceito de acessibilidade ganhou evidência e tem sido imprescindível no processo de composição, articulação e efetivação de políticas públicas, bem como no enfrentamento da discriminação e das limitações que violam os direitos da pessoa com deficiência ou mobilidade reduzida.

Conforme pesquisas realizadas por Romeu Kazumi Sassaki (2002), há seis tipos de acessibilidade: atitudinal, arquitetônica, comunicacional, instrumental, metodológica e programática. A literatura sobre o tema complementa a discussão com outras duas modalidades: a de transportes e a digital. Sendo assim, confira um pouco mais sobre a definição de cada espectro da acessibilidade.

Atitudinal

Está relacionada à esperada percepção do outro sem preconceitos, estigmas, estereótipos e discriminações. Todos os demais tipos de acessibilidade estão relacionados a essa, pois é a atitude do coletivo que impulsiona a remoção de barreiras.

Práticas e Exemplos

Interesse em implementar ações e projetos relacionados à acessibilidade em toda sua amplitude. A priorização de recursos (financeiro, material, pessoal, qualificado ao tema) para essas ações é um indicativo da ocorrência de acessibilidade atitudinal.

Arquitetônica

Eliminação das barreiras ambientais físicas nas residências, prédios, edifícios, espaços e equipamentos urbanos públicos e privados.

Práticas e Exemplos

Presença de rampas, banheiros adaptados, elevadores adaptados, piso tátil, entre outros.

Metodológica

Mencionada também como pedagógica, é a eliminação de barreiras nas metodologias e técnicas do estudo/aprendizado escolar formal. Está vinculada à atuação docente, ou seja, à forma como os professores concebem conhecimento, aprendizagem, avaliação e inclusão educacional, de modo que possibilite a remoção de barreiras pedagógicas excludentes

Práticas e exemplos

Na sala de aula, quando os professores realizam diversificação curricular, flexibilização do tempo e uso de recursos que viabilizem a aprendizagem de estudantes com deficiência, como pranchas de comunicação, texto impresso e ampliado, softwares ampliadores de comunicação alternativa, leitores de tela etc.

Programática

Eliminação de barreiras nas políticas públicas (leis, decretos, portarias, normas, regulamentos, entre outros).

Práticas e exemplos – Ocorre a partir de processos de sensibilização que envolvem informação, conhecimento e aplicação dos dispositivos legais e políticas relacionadas à inclusão e à acessibilidade de estudantes com deficiência na educação superior. Essa acessibilidade acontece, também, quando novas leis, decretos e portarias são criados, fazendo avançar os direitos humanos em todos os âmbitos.

Instrumental

Superação das barreiras nos instrumentos, utensílios e ferramentas de estudo (escolar), de trabalho (profissional), de lazer e recreação (comunitária, turística, esportiva).

Práticas e exemplos – Esse tipo de acessibilidade envolve todas as demais e sua materialidade reflete a qualidade do processo de inclusão plena do estudante na educação superior.

Comunicacional

É aquela que anula barreiras na comunicação interpessoal (face a face, língua de sinais), escrita (jornal, revista, livro, carta, apostila etc., incluindo textos em braile, uso do computador portátil) e virtual (acessibilidade digital).

Práticas e exemplos – Presença do intérprete na sala de aula em consonância com a Lei de Libras – e Decreto de Acessibilidade.

Transportes

Forma de acessibilidade que elimina barreiras não só nos veículos, mas também nos pontos de paradas, incluindo as calçadas, os terminais, as estações e todos os outros equipamentos que compõem as redes de transporte.

Práticas e exemplos – Quando estudantes com algum tipo de deficiência física ou mobilidade reduzida conseguem fazer uso do transporte com segurança e autonomia, sem prejuízo à sua locomoção.

Digital

Exclusão de barreiras na disponibilização de comunicação, de acesso físico, equipamentos e programas adequados, de conteúdo e apresentação da informação em formatos alternativos.

Práticas e exemplos – Quando da existência de acervos bibliográficos em formato acessível ao estudante com deficiência, bem como utilização de diferentes recursos e ajudas técnicas para acesso à informação e ao conhecimento.

Legislação

Conheça mais sobre a legislação brasileira sobre os direitos e inclusão da pessoa com deficiência.

Ao longo de décadas, diferentes proposições referentes ao tema tramitaram nas casas legislativas, até que, em 2015, o país aprovou a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015). Essa legislação consiste em uma série de dispositivos que visam assegurar e promover, em igualdade de condições com os demais indivíduos, o exercício dos direitos e liberdades fundamentais às pessoas com deficiência.

Conheça o conjunto de leis aprovadas sobre a inclusão da pessoa com deficiência.
Confira no site da Câmara Legislativa

SEMPRE

Secretaria de Promoção Social, Combate à Pobreza, Esportes e Lazer

O que faz?

A Secretaria de Promoção Social, Combate à Pobreza, Esportes e Lazer do Município de Salvador (SEMPRE) atua na elaboração, planejamento, coordenação e execução da política municipal de assistência social, articulando e implementando iniciativas, projetos e ações relacionadas à cidadania plena da população. A Secretaria visa fortalecer os direitos e atender as necessidades básicas do cidadão, a exemplo das pessoas com deficiência, promovendo uma série de políticas inclusivas e transformadoras, tanto na área social quanto de esportes e lazer.

Quem compõe?

Júnior Magalhães
Secretário

Dênio Primo
Subsecretário

Equipe

Daiane Pina
Diretora Geral

Carlos Adriano Rodrigues da Silva
Diretor Administrativo-Financeiro

Juliana Guimarães Portela
Diretora de Políticas Sobre Drogas

Emanuele Rodovalho
Diretora de Proteção Social Básica

Cláudia Cavalcanti
Diretora de Proteção Social Especial

Felipe Lucas
Diretor de Esportes e Lazer

Marcelo Tourinho
Gerente da Gestão do Sistema Único de Assistência Social

Telio Barroso
Gerente de Gestão do Cadastro Único, Bolsa Família e Benefícios

Scheilla Caires
Gerente de Manutenção

Elvio Machado Júnior
Gestor do Núcleo de Tecnologia da Informação

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